Questão:
Alguem tem o resumo de cada capitulo do livro "Senhora"??
Jéssica
2007-06-15 06:24:30 UTC
Autor: José de Alencar
Quatro respostas:
Tin
2007-06-15 06:36:40 UTC
Oi,



Resumo do livro: Senhora

Autor: José de Alencar



Senhora, de José de Alencar, é um romance passado na primeira metade do século XIX e que expõe ao leitor, como pano de fundo, valores e costumes da aristocracia escravista do Segundo Reinado.

O romance conta-nos à vida de uma bela moça desiludida

e rancorosa chamada Aurélia Camargo. Aurélia passou uma infância pobre junto à mãe doente e um irmão que veio a falecer na adolescência. Narrado em terceira pessoa; o Preço), narra os episódios atuais, enquanto que a Segunda parte (Quitação), fala-nos do passado de Aurélia, seguem os capítulos: Posse e Resgate. Aurélia foi o fruto da união entre o filho de um rico fazendeiro e uma órfã pobre. Seu pai, Pedro de Sousa Camargo, era o filho natural de Lourenço de Sousa Camargo, um homem prepotente e severo que vivia isolado em suas terras. Lourenço, apesar de não reconhecer o filho como herdeiro, mantinha-o no Rio de Janeiro com uma boa vida enquanto estudava Medicina. Foi na corte que Pedro conheceu a mãe de Aurélia, Emília Lemos, pobre e órfã e por quem apaixonou-se. Emília morava com um irmão mais velho, Manuel José Correia Lemos que, tão logo soube do romance entre a irmã e o estudante, oportunistamente tratou de exigir do moço um documento que legitimasse sua condição de herdeiro se quisesse casar com Emília. Diante desta impossibilidade devido à conflituosa relação que mantinha com o pai, Pedro decidiu fugir e casar às escondidas com Emília. O velho Lourenço, sabendo que o filho vivia com uma moça de família raptada, ordenou-lhe que largasse a Corte e regressasse à fazenda. Pedro manteve em segredo sua paixão assim como seu casamento, e teve de viver separado da esposa. Não teve escolha. O pai o abandonaria sem herança caso soubesse a verdade. Após ter passado um ano da separação, Pedro consegue ir ao Rio em visita. Lá retorna sua forte relação com Emília e conhece seu primeiro filho, Emílio, de dois meses. Mantêm em sigilo seus encontros com a esposa e o faz intercalando meses passados na fazenda com o pai e semanas no Rio, com sua família. Nessas circunstâncias nasce Aurélia. Certo dia, Lourenço comunica ao filho da sua intenção em que se case com uma moça rica da região. Pedro resolve então partir para unir-se á sua esposa e filhos. Ao fugir acaba morrendo em um rancho. O dono do rancho, de posse de uma maleta que Pedro levava consigo, guarda-a com a intenção de entregá-la a Lourenço. O que de fato ocorre, porém muitos anos mais tarde. Aurélia vai crescendo ao desamparo, quase à míngua. A condição humilde em que vive, e a mãe doente precisando de cuidados não lhe traz alternativas a não ser expor-se à janela na tentativa de arranjar um casamento. Imposição da própria mãe. Aurélia, que por sua estonteante beleza atraía os mais finos moços da Corte, sente-se humilhada ao submeter-se a galanteios vulgares. Seu próprio tio lhe faz uma proposta indecorosa para que se torne prostituta oferecendo-se como seu mediante. Apesar da descida de sua reputação, é estimada por dois rapazes da sociedade: Eduardo Abreu e Fernando Seixas. Aurélia e Fernando apaixonam-se; ele pedindo-a em casamento. Mas a felicidade para Aurélia dura pouco. Apesar da intensa relação amorosa, Fernando, possuidor de personalidade interesseira, se vê tentado a casar-se com outra moça, Adelaide, em que receberia um dote de trinta contos. O pai de Adelaide queria impedir que a filha se casasse com Dr. Torquato Ribeiro, por quem nutria profunda antipatia. Fernando desmancha o namoro com Aurélia para casar-se com Adelaide. Manuel Lemos, tio de Aurélia, fora o agente catalisador desta trama de interesses; queria a sobrinha disponível, pois intentava tirar proveito econômico de sua beleza. A essa altura, Lourenço Camargo recebe do dono do rancho em que o filho faleceu, a tal maleta que por tantos anos estava guardada. Abrindo-a, Lourenço encontra uma extensa carta que Pedro lhe escrevera contando toda a verdade sobre seu amor por Emília e pedindo-lhe perdão. O pai, após ler a carta e com o coração enternecido, decide reparar seu erro por ter sido tão rígido com o filho. Vai ao Rio de Janeiro procurar Aurélia e os netos e a faz herdeira de sua fortuna. Algum tempo depois morre Emília Lemos. Aurélia, enquanto aguarda os trâmites da herança que a fará milionária, recebe o apoio de sua parenta distante, D. Firmina Mascarenhas e do Dr. Torquato. De posse da fortuna que lhe fora destinada e tendo como tutor seu tio Lemos, Aurélia incube-o da administração dos negócios. Sente-se então, a partir daí, livre para seguir seus caprichos. A primeira parte do livro: O Preço, narra o período atual em que vive Aurélia, cercada de riquezas. A vida opulenta que passa a ter leva-a a freqüentar os salões aristocráticos da época. Nesta parte do livro, há um brilho de linguagem que se assemelha ao brilho deste novo ambiente, mantido através de gestos calculados, diálogos estudados e corteses e todo um jogo de interesses, oculto atrás de aparências. Aurélia, após ter-se estabelecido confortavelmente em suntuosa mansão, ordena ao tio Lemos que dê trinta contos ao Dr. Torquato Ribeiro, possibilitando-o de efetuar seu casamento com Adelaide Amaral. Para Fernando Seixas, pede ao tio, que ofereça a quantia de cem contos para casar-se com uma moça desconhecida, rica e jovem. Fernando não aceita a proposta, sentindo-se ultrajado. Mas no dia seguinte a conversa com Lemos, a mãe pedira-lhe vinte contos para o enxoval de Nicota, a filha caçula. Fernando se vê então preso a uma dívida doméstica, pois já havia usado quase toda a poupança da família com os próprios gastos. Resolve então aceitar a proposta de Lemos desde que lhe sejam adiantados vinte contos. Lemos concorda e Fernando entrega o dinheiro à mãe. Quando Lemos apresenta a noiva a Fernando, este entra em êxtase por se tratar de Aurélia. Outrora a abandonara, porém nunca deixou de amá-la. Sente-se um felizardo. Mal sabendo ele que tudo não passa de um engodo, um plano de Aurélia para vingar-se do ex-namorado que no passado a abandonou. O iludido rapaz, sem desconfiar, vai abrindo seu coração à noiva até o dia em que se casam e então sofre a grande decepção de sua vida. Fernando apesar de não ser rico, era aceito pela sociedade aristocrática por sua beleza e suas maneiras elegantes. Escrevia crônicas e era funcionário público. No Segundo Reinado eram comuns casamentos por conveniências. Acontecia que, muitas vezes, o amor germinava mesmo em tais circunstâncias. Fernando segue confiante até a primeira noite do seu casamento, quando Aurélia o leva a seus aposentos finalmente decorados e comunica-lhe com frieza que dormirão em quarto separados, além do que não haverá nenhuma intimidade entre eles. Aurélia prossegue em seu discurso deixando-lhe bem claro o papel de marido comprado apenas para manter as aparências na sociedade. E que a relação entre ambos será de senhora e objeto possuído. Fernando, nesta noite, não dorme. Não toca em nada do que lhe é oferecido. Decide continuar trabalhando na repartição mesmo contra a vontade de Aurélia. Guarda os oitenta contos. Na terceira parte do livro: Posse, a narrativa transcorre em torno do conflito entre Fernando Seixas e Aurélia Camargo. Desenvolve-se entre o casal um ódio mórbido recíproco, enquanto tentam manter uma falsa felicidade. Certa ocasião Aurélia contrata um artista para pintar o retrato do marido. Desejava colocá-lo ao lado do seu na parede da sala. A obra não a agradou, pois as feições de Fernando denotavam abatimento. Ordenou ao artista que suspendesse o trabalho. A contragosto do artista, que alega ter pintado a alma do modelo, o quadro é interrompido. A partir daí Aurélia empenha-se em amenizar a relação com Fernando porque o quer com o semblante tranqüilo. Fernando, mais uma vez iludido com as seduções da mulher, perde a dureza da expressão. Aurélia pede ao pintor que retorne a obra. Este, por sua vez, capta as novas feições suavizadas de Fernando e ainda, sob a orientação de Aurélia, pinta-o com as roupas que usava quando conheceram-se em Santa Tereza. O trabalho concluído é colocado na parede do seu quarto enquanto o outro retrato em que o marido aparece com a expressão dura, é exposto na sala de visitas. Certo dia, Aurélia leva Fernando ao seu quarto e mostra-lhe o quadro, dizendo-lhe que ali estava o homem que ela ainda amava. O artista conseguira captar a alma deste homem. Continua a lhe falar que quando ele voltasse a ter essa pureza, tornaria a amá-lo. Tem um orgasmo involuntário diante da obra deixando Fernando perplexo. "Seixas estava atônito. Sentindo-se ludíbrio dessa mulher, que o subjugava a seu pesar, escutava-lhe as palavras, observava-lhe os movimentos e não a compreendia. Chamava a si a razão, e esta fugia-lhe, deixando-o estático”.Nos tempos de Santa Tereza, Eduardo apaixonara-se perdidamente por Aurélia. Rumou para a Europa na tentativa de esquecê-la. Depois de casada, Aurélia, sabendo que o rapaz havia caído em miséria e estava preste a cometer suicídio, intercedeu e passou a ajudá-lo desde então com dinheiro e atenção. Um dia, ao chegar em casa, Fernando surpreendeu-os conversando. Enciumou-se. Aurélia, por sua vez, cismava que ainda existia algo entre o marido e Adelaide, pois encontrara um antigo presente da moça junto às coisas de Fernando. As brigas em torno dessas desconfianças chegam a um alto grau de ofensas mútuas quando Fernando comunica que quer formalizar a separação. Aurélia tenta justificar-se, mas Fernando é inflexível, quer restituir-lhe o dinheiro do contrato imediatamente. Fernando fizera economias com o salário da repartição e ainda conseguira ganhar mais quinze contos de um antigo negócio que só agora lhe rendera lucro. Devolve à Aurélia o que lhe pertence, os cem contos, e reconquista sua liberdade de ser. Pronto para deixá-lo, Aurélia detém-se para dizer-lhe que após terem se tornado, ambos, estranhos um ao outro, ter-lhe submetido às suas ofensas e humilhando-o durante onze anos, ainda assim seu amor continua intacto. Ajoelha-se a seus pés e suplica-lhe que aceite seu amor. "-Aquela mulher que se humilhou, aqui a tens abatida, no mesmo lugar ode ultrajou-te, nas iras de sua paixão. Aqui a tens implorando teu perdão e feliz porque te adora, como o senhor de sua alma”.Fernando ergue-a em seus braços e beija-a com paixão. Mas, possuído por um pensamento desesperançoso, afasta seu rosto do dela, olha-a com profundo pesar e diz: "- Não Aurélia! Tua riqueza separou-nos para sempre".Aurélia, então solta-se do marido, vai até o toucador e volta com um envelope contendo seu testamento. "Ela despedaçou o lacre e deu a ler a Seixas o papel. Era efetivamente um testamento em que ela confessava o imenso amor que tinha ao marido e o instituía seu universal herdeiro. - Eu o escrevi logo depois do nosso casamento; pensei que morresse naquela noite, disse Aurélia com gesto sublime. Seixas contemplava-a com os olhos rasos de lágrimas. - Esta riqueza causa-te horror? Pois faz-me viver, meu Fernando. É o meio de a repelires. Se não for o bastante eu a dissiparei”.



Um abraço
Rita
2007-06-15 06:32:56 UTC
Senhora (resumo)



O tema deste romance – o casamento por inte-resse – condiciona sua composição. Ele divide-se em quatro partes, que correspondem às etapas de uma tran-sação comercial: O Preço, Quitação, Posse e Resgate.



Fernando Seixas, um rapaz pobre, mas ambicioso de subir na escala social, é namorado de Aurélia, moça também humilde e órfão de pai. Passando por apuros financeiros, Seixas aceita, por um dote de trinta contos, a proposta de casamento com Adelaide Amaral. Mas o destino prepara-lhe uma peça: Aurélia, a noiva preteri-da, recebe um inesperada herança do avô paterno e torna-se uma das mais disputadas moças do Rio de Janeiro.



Dividida entre o amor e o orgulho ferido, ela encarrega seu tutor, o tio Lemos, de negociar seu ca-samento com Fernando por um dote de cem contos. O acordo realizado inclui, como uma de suas cláusulas, o desconhecimento da identidade da noiva por parte do contratado até as vésperas do casamento. Na noite de núpcias Aurélia pôde completar seu plano, humilhando o marido comprado e impondo-lhe as regras da convi-vência conjugal: em casa seriam dois estranhos; para a sociedade fingiriam a felicidade de um casal perfeito. Fernando submete-se às determinações de sua senhora, mas readquire seu orgulho e põe-se a trabalhar para reunir o dinheiro necessário ao seu resgate.



No final, quando devolve o dote a Aurélia, ela lhe mostra o testamento que fizera no dia do casamento, nomeando-o seu herdeiro universal. É a prova de seu amor. Estão ambos redimidos de seus erros. “As cortinas cerram-se, e as auras da noite, acariciando o seio das flores, cantam o hino misterioso do santo amor conjugal.
Girl
2007-06-15 06:42:21 UTC
Senhora (resumo)



O tema deste romance – o casamento por inte-resse – condiciona sua composição. Ele divide-se em quatro partes, que correspondem às etapas de uma tran-sação comercial: O Preço, Quitação, Posse e Resgate.



Fernando Seixas, um rapaz pobre, mas ambicioso de subir na escala social, é namorado de Aurélia, moça também humilde e órfão de pai. Passando por apuros financeiros, Seixas aceita, por um dote de trinta contos, a proposta de casamento com Adelaide Amaral. Mas o destino prepara-lhe uma peça: Aurélia, a noiva preteri-da, recebe um inesperada herança do avô paterno e torna-se uma das mais disputadas moças do Rio de Janeiro.



Dividida entre o amor e o orgulho ferido, ela encarrega seu tutor, o tio Lemos, de negociar seu ca-samento com Fernando por um dote de cem contos. O acordo realizado inclui, como uma de suas cláusulas, o desconhecimento da identidade da noiva por parte do contratado até as vésperas do casamento. Na noite de núpcias Aurélia pôde completar seu plano, humilhando o marido comprado e impondo-lhe as regras da convi-vência conjugal: em casa seriam dois estranhos; para a sociedade fingiriam a felicidade de um casal perfeito. Fernando submete-se às determinações de sua senhora, mas readquire seu orgulho e põe-se a trabalhar para reunir o dinheiro necessário ao seu resgate.



No final, quando devolve o dote a Aurélia, ela lhe mostra o testamento que fizera no dia do casamento, nomeando-o seu herdeiro universal. É a prova de seu amor. Estão ambos redimidos de seus erros. “As cortinas cerram-se, e as auras da noite, acariciando o seio das flores, cantam o hino misterioso do santo amor conjugal.



O Foco Narrativo utilizado em Senhora



José de Alencar escreveu o livro em terceira pessoa, com o narrador se permitindo a onisciência, ou seja, narrando os fatos de fora e, ao mesmo tempo, de dentro, quando penetra na interioridade de diferentes personagens. Sugerimos como exemplo este trecho na página 27:



"Opôs-se formalmente Aurélia; e declarou que era sua intenção viver em casa própria, na companhia e D. Firmina Mascarenhas.



- Mas atenda, minha menina, que ainda é menor.



- Tenho dezoito anos.



- Só aos vinte e um é que poderá viver sobre si e governar-se.



- É a sua opinião? Vou pedir ao juiz que ele há de atender-me.



A vista desse tom positivo, o Lemos refletiu, e julgou mais prudente não contrariar a vontade da menina. Aquela idéia do pedido ao juiz para remoção da tutela não lhe agrada. Pensava ele que às mulheres ricas e bonitas não faltam protetores de influência."



Características Psicológicas dos Principais Personagens

Por Fábio Fernades Dantas Filho



AURÉLIA-



Aurélia era uma mulher diferente. Diferente de todas as outras que naquela época viviam. Era como uma estrela, das mais bonitas e mais brilhantes, não julgada pela intensidade com que sua luz brilha mas, pelo modo com que esta o faz. Era uma mulher daquelas que por onde passa, a todo encanta. Era uma mulher que seduzia a quem pudesse ter a honra de observa-la. Mas junto a esta sua característica tão marcante, ainda mais marcante era quanto a sua maneira de agir e de pensar, já era tão linda e especial quanto a era na sua determinação e no seu jeito de querer opor-se á algumas regras determinadas pela sociedade mas que não agradavam-lhe. Aurélia era aquele tipo de mulher que a todos pode dominar e que tem tudo o que quer ter, possuindo uma lábia, um jeito seu que domina as pessoas que rodeiam-lhe. Mais superficialmente, ela era educada, delicada corajosa, elegante, informada, inteligente, experiente...Era com certeza, alguém que nasceu para a riqueza e para a alta sociedade, e talvez, a característica que consideramos a mais importante, que pode ser a explicação de seu sucesso no domínio das pessoas: a sua frieza.



A seguir, todas estas características de Aurélia serão estudadas e comprovadas com passagens do livro.



Primeiramente, baseando-se na diferença de Aurélia para as outras mulheres, inúmeras citações demonstram isso, como a as primeiras frases do livro, na página 9:



Há anos raiou no céu uma nova estrela.



Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe disputou o cetro; foi proclamada a rainha dos salões.



Tornou-se a deusa dos bailes; a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade.



A partir dessa sua introdução, o livro ressalta várias vezes essa sua característica de mulher marcante, principalmente entre os homens que a disputam, como mostra esta frase, na página 9/10:



Não a conheciam; e logo buscaram todos com avidez informações acerca da grande novidade do dia.



E este outro exemplo, na página 10:



Assaltada por uma turba de pretendentes que a disputavam como o prêmio da vitória, Aurélia, com a sagacidade admirável em sua idade, avaliou da situação difícil em que se achava, e dos perigos que a ameaçavam.



Uma característica de extrema importância na formação do caráter de Aurélia é a sua determinação, e a sua capacidade de dominação, o modo como impõe seus desejos às pessoas. Trechos que demonstram essas suas características encontram-se em várias situações decisivas no livro, como nas discussões entre ela e Lemos sobre assuntos diversos como sua tutela (página 27):



Opôs-se formalmente Aurélia; e declarou que era sua intenção viver em casa própria, na companhia e D. Firmina Mascarenhas.



- Mas atenda, minha menina, que ainda é menor.



- Tenho dezoito anos.



- Só aos vinte e um é que poderá viver sobre si e governar-se.



- É a sua opinião? Vou pedir ao juiz que ele há de atender-me.



A vista desse tom positivo, o Lemos refletiu, e julgou mais prudente não contrariar a vontade da menina. Aquela idéia do pedido ao juiz para remoção da tutela não lhe agrada. Pensava ele que às mulheres ricas e bonitas não faltam protetores de influência.



Além dessa muitas outras citações são feitas, como esta na página 31:



- De certo, meu tutor; mas essa aprovação o senhor não há de ser tão cruel que há de ser tão cruel que a negue. Se o fizer, o que eu não espero, o juiz de órfãos a suprirá.



- O juiz?... Que histórias são essas que lhe andam metendo na cabeça, Aurélia?



- Sr. Lemos, disse a moça pausadamente e trepassando com um olhar frio a vista perplexa do velho; completei dezenove anos; posso requerer um suplemento de idade mostrando que tenho capacidade para reger minha pessoa e bens; com maioria de razão obterei do juiz de órfãos apesar de sua oposição, um alvará de licença para casar-me com quem eu quiser. Se estes argumentos jurídicos não lhe satisfazem, apresentar-lhe-ei um que me é pessoal.



E os resultados de sua segurança são claramente percebidos nesta frase de Lemos, na página 34:



- Você é uma feiticeirinha Aurélia, faz de mim o que quer.



E sua determinação é percebida também nesse argumento, na página 37:



-Em todo caso quero que o senhor compreenda bem o meu pensamento. Desejo como é natural obter o que pretendo, o mais barato possível; mas o essencial é obter; e portanto até metade do que possuo, não faço questão de preço. É minha felicidade que vou comprar.



Já quanto á característica opositora de Aurélia, podemos perceber uma de suas revoltas importantes, em relação ao dinheiro, o modo com que pode abrir a todas as portas. Essa revolta é percebida na página 12:



As revoltas mais impetuosas de Aurélia eram justamente contra a riqueza que lhe servia de trono, e sem a qual nunca por certo, apesar de suas prendas, receberia como rainha desdenhosa a vassalagem que lhe rendiam.(...)



Convencida de que todos os seus inúmeros apaixonados, sem exceção de um, a pretendiam unicamente pela riqueza, Aurélia reagia contra essa afronta, aplicando a esses indivíduos o mesmo estalão.



Já quanto a sua educação, são de inúmeros os exemplos citados na narrativa deste livro, como este opinião de dona Firmina, na página 18/19:



"- Outras muito mais bonitas que ela não chegam a seus pés.



A viúva citou quatro ou cinco nomes de moças que então andavam no galarim e dos quais não ma recordo agora.



- É tão elegante! Disse Aurélia como se completasse uma reflexão íntima.



- São gostos!



- Em todo caso é mais bem educada do que eu?



- Do que você, Aurélia? Há de ser difícil que se encontre em todo o Rio de Janeiro outra moça que tenha sua educação. Lá mesmo, por Paris, de que tanto se fala, duvido que haja.



Aurélia era ainda uma moça extremamente informada, daquelas moças que costumam dominar os mais diversos assuntos do cotidiano como mostra na página 29:



Era realmente para causar pasmos aos estranhos e susto a um tutor, a perspicácia com que essa moça de dezoito anos apreciava as questões mais complicadas; o perfeito conhecimento que mostrava dos negócios, e a facilidade com que fazia, muitas vezes de memória, qualquer operação aritmética por muito difícil e intricada que fosse.



Sua experiência mostra - se principalmente decorrente das fazes em que tangenciou, sua fase pobre e sua fase rica, como é citado na página 32, durante a conversa de Aurélia e Lemos sobre seu casamento:



- Esqueces que desses dezenove anos, dezoito os vivi na extrema pobreza e um no seio da riqueza pra onde fui transportada de repente. Tenho as duas grandes lições do mundo: a da miséria e a da opulência. Conheci outrora o dinheiro como um tirano; hoje o conheço como um cativo submisso. Por conseguinte devo ser mais velha d que o senhor que nunca foi nem tão pobre, como eu fui, nem tão rico, como eu sou.



E por último, quanto à principal de suas características, sua frieza, encontramos, como em algumas outras vezes, várias citações e situações em que esta sua característica regente é lembrada, como esta quando ela fala á Lemos sobre o seu casamento com a maior frieza (página 30)



- Tomei a liberdade de incomodá-lo, meu tio, para falar-lhe de objetivo muito importante para mim.



-Ah! Muito importante?... repetiu o batendo a cabeça.



- De meu casamento! Disse Aurélia com a maior frieza e serenidade.



E ainda quanto ao fato de ela costumar dar preços aos homens, como se fossem objetos. Assim é percebido logo nas primeiras páginas do livro, como é visto na página 12:



Assim costumava ela indicar o merecimento relativo de cada um dos pretendentes, dando - lhes certo valor monetário. Em linguagem financeira, Aurélia cotava seus adoradores pelo preço que razoavelmente poderiam obter no mercado matrimonial.



Como exemplo temos esse comentário, na página 13:



- É um moço muito distinto, respondeu Aurélia sorrindo; vale bem como noivo cem contos de réis; mais eu tenho dinheiro para pagar um marido de maior preço, Lísia; não me contento com esse.



É claro que nem todas as características incontáveis de Aurélia Camargo foram citadas, mas procuramos o fazer do modo mais abrangente possível, pois é difícil caracterizar esta mulher tão especial.



LEMOS -



Nessa ocasião e no meio das risadas da menina, anunciaram o Sr. Lemos, que foi imediatamente introduzido na sala.



Assim é a introdução de Lemos à narrativa de Senhora. Lemos era um velho não muito diferente de muitos outros, possuía baixa estatura, era não muito gordo, mas rolho e bojudo como um vaso chinês. Possuía como características psicológicas mais superficiais, uma certa vivacidade, que combinava com seus olhos de azougue como é citado em sua apresentação na página 26:



Era o Sr. Lemos um velho de pequena estatura, não muito gordo, mais rolho e bojudo como um vaso chinês. Apesar de seu corpo rechonchudo tinha certa vivacidade buliçosa e saltitante que lhe dava petulância de rapaz, e casava perfeitamente com os olhinhos de azougue.



Lemos caracterizava-se também por ser um velho extremamente alegre, provido de boas risadas com é escrito pelo autor na página 26:



Logo à primeira apresentação reconhecia-se o tipo desses folgazões que trazem sempre um provimento de boas risadas com que se festejam assim mesmo.



Essa sua alegria característica, demonstrada alguma vezes, com pequenas ironias, e é acompanhado com outra pequena citação, na qual o próprio encarrega-se de fazer sobre as desculpas Bernadina sobre as suas constantes faltas:



Não escapou este pormenor ao Lemos, que pela solenidade da conferência avaliava de sua importância.



Com que história virá ela hoje? Dizia entre se o alegre velhinho.



Aurélia sentou-se à mesa de érable, convidando o tutor a ocupar a poltrona que lhe ficava defronte.



Era extremamente risonho quando encontrava-se em seu estado natural, como mostra a seguinte frase na página 34:



Quando voltou a seu lugar, o Lemos estava de todo restabelecido dos choques por que havia passado; e mostrava-se ao natural, fresco, titilante e risonho.



Lemos também caracterizava-se por ser uma pessoa extremamente confiante. Talvez quanto à isto, mostra-se apenas em companhia de Aurélia, como demonstra-o em sua conversa com a mesma sobre seu segredo, na página 34:



- Reflita bem, meu tio. Vou confiar-lhe meu segredo, um segredo que a ninguém neste mundo revelado, e que só Deus sabe. Se depois de conhecê-lo, o senhor não me quiser servir, ou não souber, eu jamais lhe perdoarei.



- Pode confiar em mim sem susto o seu segredo, Aurélia, que mostrar-me-ei digno dessa confiança.



- Creio Sr. Lemos, e para tirar-lhe qualquer escrúpulo que por acaso lhe assalte, lhe juro pela memória de minha mãe, que se há para mim felicidade neste mundo, é somente esta que o senhor me pode doar.



- Disponha de Mim.



Lemos era ainda um velho otimista, principalmente nos negócios que costumava fazer, e sabia perfeitamente conduzir uma transição, mesmo que estas não se acomode em bons resultados de início, como foi o caso da sua conversa com Seixas pelo dote de cem contos de réis oferecidos por Aurélia, como determina claramente a passagem na página 64:



Lemos Voltara satisfeito com o resultado de sua exploração. Era o velho um espírito otimista, mas à sua maneira; confiava no instinto infalível de que sua natureza dotou o bípede social para farejar seu interesse descobri-lo.



Além dessas suas características, Lemos era dotado de uma inteligência enorme, complementada de uma inteligência enorme, complementada por um extinto infalível e de uma extrema experiência. Tudo isto é comprovada do negociar o dote com Seixas e do perceber os primeiros resultados, como mostra na página 64, também:



- Não se recusam cem contos de reis, pensava ele, sem razão sólida, uma razão prática. O Seixas não a tem; pois não considero como tal essas palavras ocas de tráfico e mercado, que não passam de um disparate.



E continuando sua conclusão instituaria, na página 69 temos:



Assim convencido de que Seixas não tinha o que ele chamava uma razão sólida para rejeitar o casamento proposto, não vira Lemos ainda na primeira recusa senão um disfarce, ou talvez um impulso dessa tímida resistência, que os escrúpulos costumam expor à tentação. Esperava, pois, pela salutar revolução que dentro de poucos dias se devia operar nas idéias do mancebo.



E para confirmar esta alta experiência de Lemos e seu instinto infalível, ainda na página 65 apareciam os resultados da negociação:



Não sei como pensarão da filosofia social de Lemos; a verdade é que o velhinho não mostrou grande surpresa quando uma bela manhã veio dizer-lhe seu agente que o procurava um moço de nome Seixas..



SEIXAS -



Uma importante características de Seixas, talvez o que mais o difere dos outros homens da época, é o enorme contraste entre a sua vida social que levava na alta sociedade e vida que tinha em casa com sua família. Seixas era, apesar de não ser tão rico, um homem de classe, que possuí bens caríssimos, só disponíveis as pessoas da mais alta sociedade. Quanto às suas características mais interiores, Seixas era fino, nobre, elegante, educado, extremamente inteligente,... todas essas características e outras serão mostradas e comprovadas a seguir:



A primeira característica percebida em Seixas é a sua nobreza, de quem nasceu para a alta burguesia. Ela é citada logo na sua apresentação, na página 41, que demonstra a divergência entre o mundo em que Seixas vive e o lugar que mora:



Um observador reconheceria nesse disparate a prova material de completa divergência entre a vida exterior e a vida doméstica da pessoa que ocupava esta parte da casa.



Se o edifício e os móveis estacionários de uso particular denotavam escassez de meios, senão extrema pobreza, a roupa e objetos de representação anunciavam um trato de sociedade, como só tinham cavalheiros dos mais ricos e francos da corte.



Foi assim que Seixas insensivelmente afez-se à dupla existência, que de dia em dia mais se destacava. Homem de família no interior da casa, partilhando com a mãe e as irmãs a pobreza herdada, tinha na sociedade, onde aparecia sobre si, a representação de um moço rico. (Pag. 50)



Seixas era um moço extremamente jovem e carinhoso, sabia perfeitamente como tratar as irmãs (que bajulavam-no a toda hora e brigavam ciumentas por ele), e apartava por diversas vezes, brigas entre as duas para agradar-lhe, como ocorre na página 46:



Seixas acompanhava com um sorriso de remoque, mas repassado de ternura e desvanecimento, a contestação das duas irmãs.



- Mas afinal que culpa tenho eu, Nicota, do que fez a senhora D. Mariquinhas? Não me dirás, menina?



- Não lhe acuso, mano. Alguém tem culpa de querer mais bem a uma pessoa do que a outra?



- Ciumenta! Exclamou Seixas."



"É este o ponto da queixa? Pois senhora D. Mariquinhas vá-se embora, que eu quero conversar outro tanto tempo com Nicota e com ela só. Está satisfeita? Assim fica bem paga?



Nicota sorriu, ainda entre o arrufo, como raio de sol através da nuvem.



- E o café



- Ah! Também temos o café? Pois, filha, vai buscar outra xícara que eu receberei com muito prazer das tuas mãos. E também me darás um charuto que eu fumarei até o meio em lugar desta ponta. Ainda falta alguma coisa?



A jovialidade de Seixas e o seu carinho não só desvaneceram as queixas da Nicota, como restabeleceram a cordialidade entre duas meninas, que se queriam extremosamente com afeto, só estremecido pelo ciúme do irmão mimoso. (Pág. 47).



Seixas era um daqueles homens que não batalhavam muito pelo que queriam, ficava sempre no determinado, sem força para romper com a rotina, como é mostrado na página 48 em:



Já estava no terceiro ano, e se a natureza que o ornara de excelentes qualidades lhe desse alguma energia e força de vontade, conseguiria ele vencendo pequenas dificuldades, concluir o curso, tanto mais como um colega e amigo, o Torquato Ribeiro, lhe oferecia hospitalidade até que a viuva pudesse liquidar o espólio.



Mas Seixas era desses espíritos que preferem a trilha batida, e só impelidos por alguma forte paixão rompem com a rotina.



Seixas era uma pessoa altamente fino e elegante, dotado de poderes por participarem da alta burguesia, como demonstra este parágrafo na página 49:



Que um moço tão bonito e prendado como o seu Fernandinho se vestisse no rigor da moda e com a maior elegância; que em vez de ficar em casa aborrecido, procurasse os divertimentos e a convivência entre dos camaradas; que em suma fizessem sempre na sociedade a melhor figura, era para aquelas senhoras não somente justo e natural, mas indispensável.



Fernando era ainda, muito dedicado à sua família, ajudando-a nas despesas de casa, como é visto na página 52:



O rendimento da caderneta da Caixa Econômica e dos escravos de aluguel andava em 1:500$000 ou 125$000 mensais. Como, porém a despesa da família subia a 150$000, três senhoras supriam o resto com seus trabalhos de agulha e engomando, no que as ajudavam as duas pretas do serviço doméstico.



Ao tomar a direção dos negócios da casa, seixas fez uma alteração nesse regulamento. Declara que entraria 25$000 que minguavam, ficando as senhoras com todos os produtos de seu trabalho para as despesas particulares, no que ele ainda as auxiliaria logo que pudesse.



E preocupara-se com os problemas de suas irmãs, como acontece na página 51:



Mariquinhas, mais velha que Fernando, vira escoarem-se os anos da mocidade, com serena resignação. Se alguém se lembrava de que o outono, que é a estação nupcial, ia passando sem esperança de casamento, não era ela, mas a mãe, D. Camila, que sentia aperta-se-lhe o coração, quando lhe notava o desbote da mocidade.



Também Fernando algumas vezes a acompanhava nessa mágoa; mas nele breve a apagava o bulíço do mundo.



E a confiabilidade de Seixas, derivada de sua alta responsabilidade assume uma maior administração na sua casa, como temos nas páginas 51/52.



Quando Fernando chegou à maioridade, D. Camila nele resignou a autoridade que exercia na casa, e a administração do módico patrimônio que ficara por morte do marido, e que embora partilhado nos autos, ainda estava intato e em comunhão.



Aqui, acabamos o estudo das características psicológicas de Aurélia, Lemos e Seixas.



SENHORA - FATOS HITÓRICOS



Algumas vezes, José de Alencar utiliza fatos que ocorreram na época para representar datas. Escolhemos dois exemplos desses fatos históricos dentre os quais destaca - se a candidatura de nosso escritor, como é visto neste trecho, da página152:



Por essa época predispuseram-se as coisas para a candidatura que o nosso escritor sonhava desde muito tempo; e coincidindo elas com a partida da tal estrela nortista, lembrou-se Fernando de fazer uma excursão ero-político por Pernambuco, a expensas do Estado.



O outro fato histórico usado por José de Alencar nesta narração é a guerra do Paraguai, como é percebido neste outro trecho:



A formosa mulher atravessava a sala pelo braço do General Barão do T que para não desmentir o seu garbo marcial, fazia naquele momento de heroísmo superior ao que mostrava na guerra do Paraguai, onde havia sido um meio bayard.



Críticas Abordadas em Senhora



José de Alencar critica em Senhora em muitos trechos o modo como o dinheiro influía na sociedade da época ( e ainda influi ), utilizando para fazê-la, a sua personagem principal : Aurélia.



José de Alencar procurou mostrar como o dinheiro elevavam as pessoas por entre a alta sociedade, se o possuiam, e como rebaixavam - nas, se não o tinham, como mostra ao relatar a vida de Aurélia, a sua faze pobre e a sua ascendência após receber a herança de seu avô.



A narração do livro cita por várias vezes como Aurélia recorre ao pensamento de que todos rodeavam - na por causa do dinheiro que possuía, como é visto neste parágrafo na página 12:



Convencida de que todos os seus inúmeros apaixonados, sem exceção de um, a pretendiam unicamente pela riqueza, Aurélia reagia contra essa afronta, aplicando a esses indivíduos o mesmo estalão.



E ainda nesta revolta de Aurélia na página 107, no diálogo com Seixas:



- É então verdade que me ama?



-Pois duvida, Aurélia?



-E amou - me sempre, desde o primeiro dia que nos vimos?



-Não lho disse já?



-Então nunca amou a outra?



-Eu lhe juro, Aurélia. Estes lábios nunca tocaram a face de outra mulher, que não fosse minha mãe. O meu primeiro beijo de amor, guardei - o para minha esposa, para ti...(...)



- Ou para outra mais rica!...(...)



José de Alencar critica ainda as intrigas de amor entre as pessoas da sociedade da época, como a quetão do caça - dotes, visto também na mesma citação anterior, neste trecho:



"(...)- Ou para outra mais rica!(...)



Ainda relacionado com estas características da época, José de Alencar critica ainda, o modo como os pobres eram quase como excluídos da sociedade, da alta burguesia como é visto várias vezes na segunda parte do livro, quando Aurélia era pobre.



Outros personagens



D.FIRMINA – mãe de encomenda de Aurélia que lhe fazia companhia nas festas e compras.



D.EMÍLIA – mãe de Aurélia e irmã de Lemos a quem este abandonou por ter-se casado com o Pedro Camargo.



PEDRO CAMARGO - pai de Aurélia e filho natural do fazendeiro Lourenço Camargo, que deixa, ao morrer, uma herança à neta, Aurélia.



ADELAIDE – rival de Aurélia, quando pobre, na disputa do Seixas. Acaba se casando com o Dr. Torquato Ribeiro que Aurélia habilmente lhe arranja.



TORQUATO RIBEIRO - moço bom e humilde que procurou ajudar Aurélia nos momentos difíceis, quando pobre.



EDUARO ABREU - pretendente de Aurélia. Moço bom que custeou as despesas do enterro de sua mãe.



LÍSIA SOARES - amiga de Aurélia. Picante e um tanto fofoqueira.
Claudio Oliveira
2007-06-15 06:29:16 UTC
Olá

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Espero ter ajudado.


Este conteúdo foi postado originalmente no Y! Answers, um site de perguntas e respostas que foi encerrado em 2021.
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